Atirando para o alto afugentando as pessoas e em seguida se dirigiram ao Frigorífico Praxedes, onde tentaram matar o proprietário José Wilson Praxedes, 46, atingido por um tiro de fuzil no ombro direito. A filha do comerciante, de 16 anos, foi atingida por um disparo no rosto e o marceneiro Francisco Irlânio Alves Lima, 31, "Neguinho", que passava na rua, saiu baleado na mão e pescoço.Segundo informações, por volta das 6h a quadrilha chegou ao frigorífico atirando contra o prédio e a casa de Wilson, que foi baleado e só escapou porque se fingiu de morto.O intenso tiroteio durou aproximadamente 20 minutos e após aterrorizarem o centro da cidade, os marginais fugiram por uma estrada carroçável, em direção aos municípios de Janduís e Messias Targino.As vítimas foram levadas ao Hospital Regional Aguinaldo Pereira, em Caraúbas, onde receberam os primeiros socorros e em seguida transferidos para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró.No local do confronto a polícia encontrou cápsulas de diversos calibres, entre elas fuzis 556, 44 e 45, além de pistolas e revólveres. "A quadrilha vinha disposta a fazer um estrago muito grande nas vítimas. Usava um arsenal pesado, capaz de transpassar até uma parede, felizmente ninguém morreu", explicou um policial.
A caminhonete usada pelos criminosos foi abandonada horas depois, dentro do mato no município de Messias Targino.
SilêncioApós o tiroteio o clima na cidade ficou bastante tenso, tendo os estabelecimentos comerciais fechado suas portas por mais de duas horas. Ninguém se arrisca a dizer nada sobre os criminosos, temendo represália.Para piorar a situação, em Caraúbas não há policiamento suficiente para gerar tranquilidade à população. Apenas três policiais militares se responsabilizam pela ronda ostensiva. E para agravar o quadro, na Delegacia de Polícia Civil há apenas um agente de plantão e sem condições nenhuma de trabalho.O comandante do 12º BPM de Mossoró mandou reforço para Caraúbas.
MotivosNão se sabe ainda os motivos que levaram a quadrilha a atacar Wilson e família , mas a polícia não descarta a possibilidade de uma antiga rixa com uma facção criminosa, que há quatro anos assassinou um sobrinho da vítima, identificado como Paulo Wagner Praxedes, morto a tiros em Caraúbas.Recentemente, um parente do comerciante, Francisco de Lima, mais conhecido como "Neném de Otacílio", 54, foi executado com mais de 20 tiros, em uma oficina em Caraúbas.
FONTE: JORNAL O MOSSOROENSE
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